Postagens

Mostrando postagens de julho, 2021

Amor sobre tela

Borboletas em meu estômago Passarinhos cantam meu peito Planto e sonho um voo amor Fruto maduro do meu desejo Um amor que não senti Uma vida que não vivi Projeto o que imagino Escrevo o que há por vir E se não existe, é como quero Um girassol verde esmeralda Um rubi preto e amarelo   Tem cheiro de terra seca E de mar doce e sereno Tem muito som e pouca letra É tão imenso que é pequeno   E nesse muro pinto o amor Que imagino um dia sentir Que não seja menos que muito espero A razão; meu existir Gustavo Afonso

Saudade vazia

Saudade dos amores fugazes Dos amores que partem De partir e esquecer   Saudade da pouca existência Da escondida carência De mais me perder   Saudade de navegar no raso Sofrer por acaso E no minuto seguinte transcender   Saudade do troco trocado Do corpo marcado Sem lembrar o porquê   Saudade de sentir, somente A noite que sente Saudade de sem sentido viver Gustavo Afonso

Trem Passageiro

Trem passageiro  Fiel escudeiro Das minhas viagens Trem passageiro Que passa ligeiro E arrasta saudades Trem traiçoeiro  Engata meu peito Em meio a miragens Trem forasteiro Foi-se inteiro  Voltou a metade Trem sem espelho  É o trem lugarejo Da minha vontade Trem passageiro  Trem prisioneiro  Sem identidade Trem passageiro  É Trem sorrateiro Partiu sem alarde Trem jardineiro  Montou um canteiro  Com as minhas folhagens  Partiu o primeiro  De vazio maleiro De felicidade Trem passageiro  Não passa, que nada É trem derradeiro Carrega tudo, tanto, desgraça  Arrasta a esperança  E não volta Trem... Passa Vai-te rasteiro Desfaz o enredo  Muda o roteiro  E volta verdade Pro Trem passageiro  Ser Trem companheiro  Estação de embarque De cada vagão  Então, irmão  De nova realidade Batida ou nunca antes vista  Mas que seja, enfim - ou outra vez - Trem liberdade