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Mostrando postagens de julho, 2017

Confusão

Imploro para vomitar palavras E desabafar meu peito O choro preso aturde E quando vem, mesmo a soluçar, não amortiza o sentimento Tudo confunde, passa a chave na alma Sufoca prendendo a respiração Se dói e incomoda tanto Como ousam chamar de paixão? Que droga de troço é esse!? Ninguém me convence que é bom Embrulha como um caixote de ressaca Gira tanto que me faz sentir um peão E de tanto ver o mundo girar Você perde a noção de onde está Fica meio louco, insano Cala a boca pra não gritar Vendo os olhos pra não enxergar Calo vozes pra não escutar Abafo a mente pra não pensar Aperto o peito pra não gostar A única certeza que sinto É do erro persistente Silencio quando devo falar Ajo demais antes de pensar (E o acorde de uma música  O colorido de um dia  Uma voz ao longe  Um jeito de menina...) Só queria normatizar Mergulhar sem me afogar Um rodamoinho me suga Só espero ainda saber nadar... Gustavo Afonso

Tesão

Quero mais dos teus lábios Em cada detalhe do meu corpo Quero beijar tua boca, navegar em teus caminhos Causar-te doces arrepios Quero afogar-me no teu gosto Saciar-me no teu cio Quero mergulhar no teu corpo Preencher o teu vazio Quero grudar em tua pele Prender-te em meu peito Imergir em teus anseios Despejar-me em teus seios Quero ensinar-te o que sei E aprender com teus desejos Transgredir, rasgar a lei Irromper todos os teus medos Quero que a noite dure Tempo suficiente de te moldar em meus braços Quero que teu gozo fixe, cole, grude Nossos corpos exaustos e molhados Quero provar o teu melaço Sentir teu desejo mais profundo Quero invadir o teu espaço Perder-me em teu mundo Quero ser devagar Para que não tenha pressa de terminar Quero marcar, destacar Quero te excitar só de lembrar Quero ser toque sensível De carícia precisa Quero enxergar em teu rosto Teus instintos de menina Quero ser presa de tuas provocações E incitá-la com suaves ações