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Mostrando postagens de janeiro, 2014

A rima da poesia

E muito se engana Quem ainda imagina Que a alma da poesia Consiste na tal rima Rimando na rima Brincando na escrita Que rima a poesia E poetiza a minha rima A alma da poesia É tudo e um pouco mais Sentimento que extravia Quanto se sente até demais E na rima da minha poesia Mente rima com coração Verdade rima com mentira Inexplicável com razão Gustavo Afonso

Sentirá

Sentirá saudade Do nervosismo do teu lado Da ausência de palavras Do meu peito então fechado Intimidado junto a você Por encanto e admiração Dosava o que dizer Temendo não ter tua paixão E se mesmo houve paixão Ou seja lá o que sentiu Garanto que em teu coração Sentirá que alguém partiu Por maior insignificância Uma mera companhia Em tua arrogância Sentirá a falta minha Lembrará dos elogios Dos carinhos que te fiz A menina que despertei Lembrará muito de mim E de tantas lembranças Lembrará que não lembro mais Perderá a esperança De que eu olhe para trás Em estrada nova São muitos os caminhos E a dor do sentimento Amanhecerá com os passarinhos Gustavo Afonso

Rodamoinho

Fazia tempo que não visitava o passado Daquele tempo encarregado de esquecer Fazia tempo que não derramava lágrimas E tempo mais que não queria viver Em outro tempo, de dor e de amor Marcava e moldava o tal ser Chorava ignorando o futuro Por presente que teimava em doer E depois da estrada de lições Em agonia o passado revisita Ignorando o coração calejado Abrindo dolorida nova ferida E do olhar que não mais choraria Uma nova lágrima escorreu Das lembranças que o peito vivia Lembranças que o presente reacendeu E sem saber mais separar Ontem, hoje ou amanhã A alma teimou em sangrar Embalada em mente pouco sã De promessa já rompida De não chorar o amor chorado Chorou doído, chorou dobrado A jura quebrada de um coração marcado Gustavo Afonso