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Mostrando postagens de outubro, 2019

Marco

De ponto em ponto Um novo laço Encontro em conto De novo traço Um desabafo Mal mastigado E vomitado Tal superado Qual renovado Mas machucado Cicatrizado Sempre marcado Mato queimado Mesmo molhado Quando não morre Cresce mais fraco E quando cresce É derrubado E quando vive É maltratado E quando insiste É atacado Se desiste É mal falado Cheiro, olho, toco, tato Fraco, perco, queimo, caco Resisto em desistir Agarro ao cair Seguro ao persistir Não calo Não abro Ultrapasso Mal colocado Fora de esquadro Fora de espaço Aperto ou largo Esqueço ou gravo Corro, parado Desnorteado Pranto calado Ponto vazio Interrogado Fora de trilho Encruzilhado Corro de frente Para o passado Então se sente O tal presente E o Futuro É o que dizem A Deus pertence Reticente Angustiado Tal conselho Não escutado Eu mesmo vejo Eu mesmo faço Teimo em sentir Sem destino Eu me aguardo Gustav

Caos

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Cenário, caos, caótico De sítio, de guerra, de ódio Mergulho, misturo, me incluo Respiro, enxergo, flutuo Tanto que vejo, que vemos Que desacreditamos que podemos Mudar as coisas: o que nos interessa mais Transformar o mundo Mesmo que por um segundo Uns sobrevivem, como podem Outros exterminam os que só sofrem No fundo da condução Dentro do turbilhão No olho do furacão Tento descrever, sem emoção Mais um corpo que se estende pelo chão Por acidente, violência ou omissão Banal, pouco causa comoção Insensível, esfriaram o coração O seu, o meu, o da nação Do mundo, que não enxerga o irmão Do tempo, que escorre pela mão Veloz, lembra um avião Sem nos dar tempo de refletir em nossa ação Tempo que não dura, na luta pelo pão Tempo que sobra, transborda Tempo que existe; pra agressão Temos que insiste; pra dispersão Tempo que ainda nos permite Por quanto tempo, é o mistério que existe Se vai dar tempo; é ser humano quem deci