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A ODISSEIA DA CHAVE

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Chegava ao trabalho ontem e me preparava para saltar do ônibus quando ouvi um barulho de algo caindo do meu bolso. Não entendi o que seria, mas dei uma revistada ao lado do banco e não vi nada. Coloquei a mão no bolso e vi que faltava algo: minha chave de casa. Revistei novamente o espaço entre o banco e a lataria do ônibus e, aí sim, vi que minha chave, daquelas finas, sem chaveiro, havia caído em uma "murphyana" fresta. Restavam uns 300 metros para meu local de desembarque. Minha mão não conseguia puxar a chave naquela fresta tão apertada. Pensei em pegar algum cartão na minha carteira para puxar. Sem resultados. A chave não se mexia, encaixada no vão como se feito pra ele. Já não havia mais tempo, meu ponto havia chegado. Precisei abandonar a chave e saltar. Logo em um dia que não teria ninguém em casa quando eu voltasse para abrir a porta, o que exigiu algum trabalho e outras estratégias para conseguir entrar em casa à noite. Chegou o dia seguinte e, com ele, a hora d

Corretor de celular

Como seria Expressar tanto Escrever - digitar - tanto, rápido (e certo) Nos dia a dia das corridas vidas De ausências criativas Ameaças Fascistas Liberdades perdidas Nos dias das feridas abridas (E de ortografias esquecidas) Sem o tal corretor do celular? Agiliza, completa, corrige e... te faz errar Para consertar (e para nudes mal encaminhados ou que não devem ser salvos) Que devem ter criado a função "apagar" E se o destinatário antes visualizar? Mal ditos pelas costas Na frente da tela mal dita A mesma tecnologia que conserta e facilita Quebra e destrói uma (pode ser a sua) vida Protetora ilusão em tempos difíceis Em que falar torna-se raro E digitar, com o amigo corretor, traz a ilusão de que é simples Mas é tudo tão aparência Tão virtual Sem eloquência... Misturamos com a vida Mesmo não sendo real O corretor de celular é a metáfora do mundo atual Gustavo Afonso