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À sombra da cruz

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Da santa fé  À Santa Cruz Ajoelhou, disse: "Jesus... como está difícil viver..." Não mais que de repente Apagou-se a noite, fez-se luz  Corpo inclinado, aos pés da cruz Ao longe, um choro (do cavaco) Regado a cachaça e carteado Cantava o delegado (Do samba) Enquanto o fardado era subornado Berrava o ambulante  E quem não ouvia nada era a gestante  Que de tanta dor, na fila do corredor  Via seu filho vir ao mundo Bem diferente de como vem  Filhos de doutores vagabundos O choro era sentido Mais nas outras zonas que na sul Chorava o pobre e o mendigo. Debochava o bandido  Gargalhava, da Barra, o político  E a sede de justiça dos xerifes de postes Era inalada em seus papelotes de cocaína  Escondia-se em sonegações Afogava-se nas propinas  E o dia, que nascera, terminaria  Com mais alguma chacina Em algum canto largado e esquecido  De um país tão rápido destruído Por Golpes estrangeiros  E privilégios dos que aqui