Rodamoinho
Fazia tempo que não visitava o passado
Daquele tempo encarregado de esquecer
Fazia tempo que não derramava lágrimas
E tempo mais que não queria viver
Em outro tempo, de dor e de amor
Marcava e moldava o tal ser
Chorava ignorando o futuro
Por presente que teimava em doer
E depois da estrada de lições
Em agonia o passado revisita
Ignorando o coração calejado
Abrindo dolorida nova ferida
E do olhar que não mais choraria
Uma nova lágrima escorreu
Das lembranças que o peito vivia
Lembranças que o presente reacendeu
E sem saber mais separar
Ontem, hoje ou amanhã
A alma teimou em sangrar
Embalada em mente pouco sã
De promessa já rompida
De não chorar o amor chorado
Chorou doído, chorou dobrado
A jura quebrada de um coração marcado
Gustavo Afonso
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