Caos


Cenário, caos, caótico
De sítio, de guerra, de ódio
Mergulho, misturo, me incluo
Respiro, enxergo, flutuo
Tanto que vejo, que vemos
Que desacreditamos que podemos
Mudar as coisas: o que nos interessa mais
Transformar o mundo
Mesmo que por um segundo

Uns sobrevivem, como podem
Outros exterminam os que só sofrem

No fundo da condução
Dentro do turbilhão
No olho do furacão
Tento descrever, sem emoção
Mais um corpo que se estende pelo chão
Por acidente, violência ou omissão
Banal, pouco causa comoção
Insensível, esfriaram o coração
O seu, o meu, o da nação
Do mundo, que não enxerga o irmão
Do tempo, que escorre pela mão
Veloz, lembra um avião
Sem nos dar tempo de refletir em nossa ação
Tempo que não dura, na luta pelo pão
Tempo que sobra, transborda
Tempo que existe; pra agressão
Temos que insiste; pra dispersão
Tempo que ainda nos permite
Por quanto tempo, é o mistério que existe
Se vai dar tempo; é ser humano quem decide

Gustavo Afonso

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