Lágrima falante

Ontem, que já era hoje 

Meu peito doía 

E, embora o frio amenizasse

Meu corpo tremia

Amanhã, que já era depois

Meu sonho fugia

O futuro, que já era; já foi

Marcava; prendia 


E o sonho, de insano acordou

Tal epifania 

Da esperança, o fogo apagou 

Fez noite do dia


Do choro, tomei-me a escrever

Como se pudesse dizer 

Em forma, poesia

Aquilo tudo que há tanto sentia


Um dicionário, enciclopédia 

Ou até a Sagrada Bíblia 

Não poderia; contaria jamais 

O que aquela lágrima dizia

Gustavo Afonso

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobre

Em todas as coisas

Tribo