Sem hoje, sem amanhãs
Meus sonhos viraram cinza
Perderam-se nas esquinas
E toda sujeira dos cantos
Cobre hoje minhas feridas
Meus sonhos são nostalgia
De tudo que não ocorreu
Nostalgia lesada, sofrida
De quando deixei o meu eu
Ninguém faz ideia na vida
De como dói e doeu
Seguir a estrada de brita
Depois que a esperança morreu
É chama sem força, apagada
Quem olha já percebeu
Que em minha face marcada
Muita lágrima já escorreu
Mas como louco, insano
Continuo a marchar
Nesse grande desengano
Tentando me encontrar
Sem esperanças ou sonhos
Sem mais chão a rachar
Sem sentido, seguindo
Apenas por instinto de andar
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