Sem hoje, sem amanhãs

Meus sonhos viraram cinza
Perderam-se nas esquinas
E toda sujeira dos cantos
Cobre hoje minhas feridas

Meus sonhos são nostalgia
De tudo que não ocorreu
Nostalgia lesada, sofrida
De quando deixei o meu eu

Ninguém faz ideia na vida
De como dói e doeu
Seguir a estrada de brita
Depois que a esperança morreu

É chama sem força, apagada
Quem olha já percebeu
Que em minha face marcada
Muita lágrima já escorreu

Mas como louco, insano
Continuo a marchar
Nesse grande desengano
Tentando me encontrar

Sem esperanças ou sonhos
Sem mais chão a rachar
Sem sentido, seguindo
Apenas por instinto de andar

Gustavo Afonso


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobre

Em todas as coisas

Tribo