O futuro do Brasil

 

13/10/2020. Hoje digo, infelizmente, que estou completamente descrente de qualquer transformação a curto prazo por via eleitoral tradicional. O povo está complemente perdido, imerso nas mentiras contadas pela imprensa por anos e chanceladas por um judiciário destruidor da própria lei; sob chuva de Fake News; refém de milícias e falsos religiosos; e lutando para sobreviver, sem saber como. A negação da política criou solo fértil para um reacionarismo popular, mesmo que indetectável pelos próprios. Não há, por parte de grande parte do povo, qualquer compreensão ideológica, do que é esquerda e direita e suas diferenças. Muito menos sabem o que é Fascismo. Não sabem o caminho que devem tomar para a melhora de suas vidas e do país. As próprias alternativas de caminhos diferentes dão voltas, sem saber ao certo como chegar. Sabem onde querem chegar, tem obstinação, mas não conseguem convencer o povo do caminho, porque também se perdem na estrada. Para as eleições municipais, creio quadro irreversível. Talvez as consequências do que estamos vivendo, aceleradas pela pandemia e a vida pós ela, tragam alguma mudança mais rápida para 2022 e iniciem uma transformação de baixo pra cima. Nada mudará na política brasileira, nenhum pilar democrático será restaurado no estado que chegamos, sem que o povo seja o agente da transformação. A mudança não virá dos atuais quadros parlamentares, midiáticos, religiosos, policiais e muito menos jurídicos. Mas o povo poderá, através da conscientização involuntária abreviada pela própria dor, geradora de uma verdadeira convulsão social, realmente transformar as estruturas que precisam ser refundadas em nosso país. Que a mudança não demore, para que a dor não se aprofunde e perdure ainda mais, multiplicando e tornando até irreversíveis os estragos ambientais e humanos.

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