O TÍTULO FICOU EM CASA
















A Copa do Mundo de 2014 promoveu a primeira naturalização, de verdade, de uma equipe. O que ocorreu com a Alemanha é o verdadeiro significado da palavra naturalizado. Os alemães foram transformados em brasileiros pelo povo, pela natureza, pela áurea verde e amarela. Mas não é esse o motivo que me leva a afirmar que o título ficou em casa. O grande vencedor da Copa do Mundo foi o Brasil. Fora do campo, é claro. O Brasil ganhou como povo, como nação. O Brasil apareceu para o mundo e não poderia ser de forma mais magnífica.

Se algum incauto se arriscar hoje a realizar uma pesquisa mundial, não duvido nem um pouco que o Brasil seja escolhido o país mais querido do mundo. E é mesmo. Só falta ser mais amado por nós, brasileiros. Nosso povo, apesar de tantos problemas históricos e culturais, é único. Nossas belezas, únicas. Únicas a ponto da transmissão mundial da final da Copa do Mundo por vezes esquecer o jogo e filmar um pôr do sol magnífico por trás do Cristo Redentor, com o Maracanã ao fundo. Tem quadro mais bonito para o esporte mais apaixonante e alegre do planeta? Nós estamos acostumados com uma vista dessas. Eles não estavam. Até a Copa. Que poder essa tal de Copa tem.

Por uma dose de crueldade do destino e nossa (nada pode ser perfeito) o Brasil não transformou em ideal o cenário, com a camisa canarinho em campo, levando a história da melhor escola do mundo a fazer as pazes com os deuses do futebol, no solo onde nasceram e amam morar.
O Brasil ainda é e sempre será o país do futebol. E isso não precisa se reproduzir dentro de campo. O maior evento mundial não seria tão fascinante se não ocorresse em um país de apaixonados por futebol, por alegria, pela vida.

Como gritei quase solitário antes da Copa, em meio à onda covarde de boicote e pessimismo, repito hoje, com fato consumado e sem nenhuma modéstia: festa é com a gente. E festa não é só alegria. Festa também é organização. Está aí a resposta. Ao mundo e aos nossos vira latas de estimação.

Obrigado, Brasil. Obrigado, mundo! Jamais vou esquecer o que meus olhos viram, os momentos que vivi e as emoções que senti. 


Gustavo Afonso

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