Papel vazio
Havia tempo sem tinta no papel
Sobrava muito e faltava o que devia
Mas teu sorriso, só na memória
A pele arrepiada
A voz do João, o Nogueira, ao fundo
Lembraram-me o sofrer
Fizeram-me escrever
Bom é ser neutro, muro
Não sentir
Mas quando a gente sente
E desce a cachaça ardente
Os acordes são mais dolentes
Doentes
O choro sai
O texto vai
Paralisa
Falta rumo na vida
O que falta até uma criança adivinha
É o sorriso, teu sorriso ou outro
É encontrar o sorriso
Ou reencontrar
É encontrar o sentido
Ou se deixar levar
João se cala, canta Edu
Ao arranjo do Tom
Nos caminhos do som
Que bom seria
Se o piano da canção
A gaita e o acordeão
Entonassem minha vida
Mas o que me leva é descaminho
O que me arrasta, me descarrega
Solta, me rasga, me cala, me rala
Mantém-me mais sozinho
Sobrava muito e faltava o que devia
Mas teu sorriso, só na memória
A pele arrepiada
A voz do João, o Nogueira, ao fundo
Lembraram-me o sofrer
Fizeram-me escrever
Bom é ser neutro, muro
Não sentir
Mas quando a gente sente
E desce a cachaça ardente
Os acordes são mais dolentes
Doentes
O choro sai
O texto vai
Paralisa
Falta rumo na vida
O que falta até uma criança adivinha
É o sorriso, teu sorriso ou outro
É encontrar o sorriso
Ou reencontrar
É encontrar o sentido
Ou se deixar levar
João se cala, canta Edu
Ao arranjo do Tom
Nos caminhos do som
Que bom seria
Se o piano da canção
A gaita e o acordeão
Entonassem minha vida
Mas o que me leva é descaminho
O que me arrasta, me descarrega
Solta, me rasga, me cala, me rala
Mantém-me mais sozinho
Gustavo Afonso
Comentários
Postar um comentário